Estou com fibrose!
Por onde devo começar?

Calma! Fibrose tem tratamento.
Vem comigo que eu irei lhe orientar.

Afinal, o que é fibrose?

A fibrose é caracterizada pelo excesso de tecido de cicatrização (matriz extracelular – MEC). Ela acontece como resultado de um trauma ou dano tecidual (cirurgias, acidentes, etc). Normalmente, a fibrose é percebida devido ao aspecto que ela apresenta como aumento do volume, rigidez tecidual, dor e comprometimento da estética no local da lesão.

 

O melhor tratamento para fibrose, seja ela pós-lipoaspiração ou não, é jamais estimulá-la, ou seja, evitar tratamentos que sejam agressivos (presença de dor, realizado de forma intensa e muito frequente).
Se você conseguir seguir essa orientação, já será um bom começo.


Após 09 anos atuando no tratamento de fibrose, posso garantir que o melhor tratamento para fibrose é a terapia manual / fisioterapia manual.

O que é terapia manual?

A terapia manual é uma área da fisioterapia que utiliza várias técnicas em benefício do tratamento do paciente.
Mulligan, Maitland, Osteopatia, Quiropraxia, Cadeias Musculares, Liberações teciduais, entre outras, são técnicas/conceitos de terapia manual que podem ser aplicadas pelo fisioterapeuta para avaliar e tratar pacientes.

Quais os benefícios do tratamento para fibrose com terapia manual?

Dúvidas frequentes sobre fibrose:

Como tratar fibrose?

É importante ressaltar que fisioterapia dispõem de recursos para contribuir com resolução dessa intercorrência, sendo que a atuação do fisioterapeuta consiste em reunir todo conhecimento adquirido ao longa de sua formação como profissional da reabilitação para promover a recuperação desses pacientes pós-operados.

A fisioterapia manual tem se apresentado como uma excelente alternativa de tratamento de fibrose. Com o objetivo de favorecer a reorganização do tecido fibrótico sem gerar nenhum estímulo ou síntese de colágeno, contribui com a restauração da funcionalidade e com o resultado estético final.

Fibrose tem tratamento e a associação de recursos fisioterapêuticos manuais, taping (bandagem elástica), adaptações de cintas modeladoras e placas de contenção pós-cirúrgicas, aliado a orientações corretas, tem se apresentado como uma alternativa efetiva de tratamento.

A reabilitação consiste em reunir recursos fisioterapêuticos que possibilitem a resolução da fibrose, sendo obtido resultados satisfatórios com um número reduzido de atendimentos. A frequência do tratamento é determinada após consulta fisioterapêutica, podendo ser realizada semanalmente, quinzenalmente ou até mesmo mensalmente.

O tratamento mais efetivo para fibrose é aquele que faz nenhum estímulo de colágeno, ou seja, o profissional tem que se cercar de recursos que possibilitem uma reorganização tecidual com a não estimulação do processo. Se estimular a fibrose, ela se tornará ainda mais grave e mais inestética.

O tratamento de fibrose devolve a função a nível tecidual (pele) e consequentemente, restabelece a mobilidade (movimento) global. Com as funções restabelecidas, o profissional conduzirá o tratamento para que o comprometimento estético (que na maioria das vezes está presente) seja amenizado e/ou solucionado.

Com os avanços da fisioterapia, hoje já é possível tratar fibrose sem o paciente ser submetido a uma sessão de “tortura”. Desenvolver o tratamento de fibrose é permitir que todas as estruturas (pele, subcutâneo, músculo, fáscia, articulação etc.) estejam em equilíbrio.

O tratamento fisioterapêutico não deve contemplar somente a região em que a fibrose está localizada, pois para desenvolver tratamentos efetivos é necessário ver o paciente como um todo. Só assim, o resultado esperado será alcançado.

Infelizmente, o uso de alguns aparelhos como US, Radiofrequência, Carboxiterapia, ou até mesmo massagens vigorosas podem intensificar o processo de cicatrização e aumentar a produção de colágeno e consequentemente e aumentar a fibrose. O uso de recursos que geram síntese de colágeno pode prolongar o tratamento pós-operatório.

Geralmente, pacientes submetidos aos tratamentos citados acima, acabam realizando muitos atendimentos e mesmo após muitas sessões (30-40-50 e pasmem já atendi pacientes com 80 sessões) e ainda tinha fibrose, dor e alteração estética e funcional presente.

Alguns estudos mostram que, quando a região com fibrose é submetida à uma massagem mais vigorosa, como é o caso da massagem modeladora, o profissional está impedindo o organismo de evoluir com as fases de cicatrização (resposta fisiológica para cicatrizar a região operada).

As fases de cicatrização são basicamente divididas em fase inflamatória, proliferativa e remodelamento. Cada fase tem suas características e deve ser conduzida de uma forma diferente.

Quando a massagem modeladora é aplicada em um tecido fibrótico, o estímulo intenso causado pela massagem favorece o aumento da rigidez tecidual e o aparecimento de áreas endurecidas e sem mobilidade.

Por isso, a massagem modeladora deve ser contraindicada no pós-operatório de lipoaspiração e no tratamento de fibrose.

Para tratar fibrose de forma efetiva e com poucos atendimentos, o melhor tratamento disponível, atualmente, é terapia manual.

  1. Escolher um fisioterapeuta que tenha conhecimento/domínio de atuação em cirurgia plástica/ vascular/ fibrose.
  2. Seguir todas as orientações do fisioterapeuta;
  3. Usar o modelador indicado para cirurgia realizada e mantê-lo justo (fazer os ajustes sempre que necessário);
  4. Usar as placas de contenção;
  5. Não fazer tratamentos agressivos que gerem “traumas” no tecido;
  6. Evitar fazer apenas drenagem linfática manual;
  7. Evitar uso de equipamentos de eletroterapia (US, radiofrequência, carboxiterapia, endermologia);
  8. Respeitar as amplitudes de movimento sugeridas pelo fisioterapeuta;
  9. Confiar no profissional que estudou para promover REABILITAÇÃO: o FISIOTERAPEUTA.

Somente após a consulta é que será possível informar o paciente quantos atendimentos serão necessários para o tratamento da fibrose. Em alguns casos, em um único atendimento a fibrose é resolvida. Em outros, não.

Tudo dependerá das áreas acometidas e do grau que essa fibrose se encontra. Pacientes que já foram submetidos a vários tratamentos agressivos são mais difíceis de serem tratados. Por isso, são submetidos a um número maior de atendimentos.

Na presença de fibrose, a drenagem apresenta resultados mais limitados ainda, tanto para redução do inchaço como para resolução da fibrose.

Isso ocorre devido a presença da fibrose gerar comprometimento da linfoangiogênese, ou seja, comprometer a formação dos novos vasos linfáticos que auxiliarão na melhora do edema. Esse processo é uma das principais causas do edema não ser solucionado.

É importante ressaltar que, a presença da fibrose gera alteração da funcionalidade local e das estruturas adjacentes, dessa forma, resulta em limitação da mobilidade tecidual, dor, comprometimento estético e edema persistente.

A resolução do edema só é possível quando há restauração e reorganização dos tecidos lesionados, consequentemente o tratamento pós-operatório deve auxiliar o processo de cicatrização para que todas as etapas do reparo tecidual sejam cumpridas no seu devido tempo.

Dessa forma, a cicatrização acontecerá organizada e a formação da fibrose será menos intensa, não resultando em comprometimento funcional e estético.

Para isso, a fisioterapia tem se apresentado como um grande aliado para alcançar o resultado estético o mais precoce possível.

Sendo assim, para que o pós-operatório seja bem conduzido e alcance o sucesso após a cirurgia, é fundamental a realização do tratamento fisioterapêutico afim de favorecer a reabilitação/recuperação.

Através de técnicas e recursos exclusivos fisioterapêutico, é possível a reorganização da fibrose que consequentemente favorecerá o reestabelecimento do sistema linfático e possibilitando uma atuação resolutiva no edema (inchaço).

O taping compressivo associado à terapia manual e o uso da cinta modeladora e placas de contenção apresentam resultados surpreendentes na resolução do edema.

Vale lembrar que o tratamento desenvolvido com os princípios preconizados pela Fisioterapia Manual é realizado em poucos atendimentos.

Dessa forma, a FISIOTERAPIA pode ser o grande diferencial no sucesso de uma cirurgia, seja ela plástica ou vascular.

 

*****Atenção!*****

Se você tem um inchaço que não está melhorando, procure um fisioterapeuta especialista, você pode ter o seu caso solucionado e alcançará os resultados desejados com a cirurgia realizada.

  • Drenagem linfática manual trata fibrose;
  • A “drenagem” precisa ser feita diariamente;
  • Quanto mais agressivo o tratamento, mais efetivo ele é;
  • A fibrose vai sair com o tempo;
  • O médico usou a cânula muito grossa, por isso, estou com fibrose;
  • O tratamento tem que doer para resolver;
  • Placas de contenção geram fibrose;
  • Usar US (ultrassom) evita fibrose;
  • Pomada/creme para tratar fibrose;
  • Fibroses antigas não podem ser tratadas;
  • Realizar uma nova lipoaspiração eliminará a fibrose anterior;
  • A fibrose tem que ser “quebrada”.

Embora o uso de aparelhos para tratar fibrose seja amplamente utilizado e defendido por muitos profissionais, os estudos têm mostrado a importância de não se gerar estímulo da produção de colágeno ao tratar fibrose. O uso de Ultrassom, Radiofrequência, Carboxiterapia, entre outros, por menor que seja, estimula os fibroblastos (colágeno). Sendo assim, mesmo produzindo calor e “amolecendo” o tecido inicialmente, os resultados demoram muito para ocorrer.

Por isso, a terapia manual é mais efetiva e permite resultados com número muito reduzido de atendimentos (quando comparado ao uso de eletroterapia). Na hora de tratar fibrose, pesquise e questione o profissional. Realizou 1, 2 atendimentos? Não teve resultado? Fique alerta! Com a terapia manual os resultados já aparecem com apenas 1 atendimento.

A fibrose precisa ser tratada pois devido à desorganização e excesso do tecido fibrótico o organismo não consegue entrar na fase de remodelamento, ou seja, é nessa fase que o corpo conseguiria melhorar e evoluir a cicatrização. Infelizmente, quando há fibrose a fase de remodelamento não acontece e a fibrose persiste mesmo após anos do procedimento cirúrgico.

Após a realização de qualquer procedimento cirúrgico ou ainda após um acidente o organismo inicia o processo de cicatrização das lesões causadas.

É sabido que a resposta cicatricial é proporcional ao trauma cirúrgico. Sendo assim, quanto maior a lesão/trauma, maior e mais intenso será o processo de cicatrização.

Com o objetivo de fechar o mais precoce a lesão, o organismo inicia um intenso processo para recuperar a estrutura que foi danificada, ocorre uma deposição de tecido cicatricial de forma desorganizada e exacerbada, resultando na formação de fibroses.

A presença da fibrose após uma lesão ou trauma, embora seja uma resposta fisiológica, apresenta consequências estéticas e funcionais que necessitam ser tratadas. Na maioria das vezes causam dor, restrição de mobilidade no local da lesão e nas regiões adjacentes, bem como, edema (inchaço) persistente, comprometimento do resultado.

Todas as cirurgias que geram algum tipo de lesão/trauma/dano tecidual, desencadearão o processo de cicatrização que levará à fibrose e/ou aderência/retração de cicatriz.

Como mencionado acima, infelizmente, na maioria dos casos de fibrose pós-lipoaspiração, elas não desaparecem com o passar dos meses. O tratamento fisioterapêutico para reorganizar a fibrose e melhorar o quadro estético e funcional é essencial.

A fibrose é caracterizada por tecido de cicatrização em excesso e diminuição da mobilidade da pele. Em casos mais graves o comprometimento pode ser ainda maior, podendo gerar comprometimento muscular e articular.

Normalmente, ela é percebida quando a pele começa a apresentar áreas endurecidas e/ou quando o paciente tem a sensação de que está tudo repuxando.

Muitos pacientes com irregularidades no abdômen buscam tratamentos. Há casos em que a irregularidade é gerada por pontos de aderência e, com o tratamento, é possível melhorar o aspecto desse tecido.

Entretanto, há algumas situações em que a irregularidade não é causada por fibrose (tecido cicatricial em excesso) ou aderência (pontos de adesão do tecido), mas, sim, por irregularidade por remoção ou perda de tecido.

Infelizmente, há cirurgiões que realizam uma retirada de gordura de forma irregular e, quando isso ocorre, o tratamento fisioterapêutico não mostra resultados positivos. Nesses casos, somente um novo procedimento cirúrgico pode proporcionar um efeito satisfatório.

Vale lembrar que, se o paciente optar por um novo procedimento, obrigatoriamente, ele terá que fazer um tratamento fisioterapêutico pós-operatório para minimizar intercorrências e complicações e, assim, favorecer o desfecho almejado.

A drenagem linfática é ainda a técnica mais utilizada no pós-operatório de cirurgia plástica. Por outro lado, mais frequente ainda, são os pacientes que comparecem ao consultório em busca de tratamento efetivo para fibrose, pois já realizaram 10, 20, 30 sessões de drenagem linfática manual e as fibroses persistem.

Ser a técnica mais conhecida não significa ser a mais efetiva. A fisioterapia evoluiu muito, novos estudos e novos tratamentos foram adaptados/desenvolvidos para favorecer a reabilitação do paciente após a cirurgia plástica.

Já existem artigos científicos que mostram que a fibrose atrapalha a regeneração linfática, ou seja, fazer drenagem linfática em uma região de fibrose não faz sentido porque o sistema linfático também está comprometido.

É imprescindível reorganizar o tecido de cicatrização para que haja a regeneração linfática e, por conseguinte, a drenagem linfática (fisiológica) aconteça, caso contrário, o tratamento terá resultados pouco ou nada satisfatórios.

Profissionais que desenvolvem tratamentos baseados apenas em drenagem linfática manual ou ainda a dobradinha (drenagem e ultrassom), oferecem aos seus pacientes tratamento limitado e pouco efetivo.

Investir no tratamento pós-operatório é tão importante quanto a escolha do cirurgião plástico. Sem dúvida, o resultado cirúrgico corresponderá com as expectativas iniciais mencionadas na consulta com o cirurgião plástico.

A fisioterapia dermatofuncional tem muito mais a oferecer. Aos pacientes, sugiro que sejam criteriosos na escolha do fisioterapeuta que realizará o processo de reabilitação. O resultado que você deseja dependerá de um pós-operatório coerente e bem desenvolvido. Não coloque todo investimento feito na cirurgia a perder devido a um pós-operatório mal executado.

O melhor tratamento para fibrose é a associação de recursos fisioterapêuticos. Podemos destacar a terapia manual, uso de acessórios para gerar força compressiva e a cinesioterapia

A fibrose, por ser uma resposta fisiológica, não pode ser evitada. Em contrapartida, ela pode ser minimizada. Todo o processo de formação da fibrose pode ser conduzido de forma que não gere um tecido inestético e não funcional.

Por meio da terapia manual, a fisioterapia mantém a amplitude de movimento, evitando assim, perda de função. Ela minimiza a dor e colabora com o resultado estético da cirurgia.
O tratamento fisioterapêutico deve ter como objetivo inicial a prevenção da deposição de colágeno em excesso, ou seja, controle do ambiente mecanobiológico.

Quando o paciente recorre ao tratamento com a fibrose já instalada, cabe ao fisioterapeuta eleger recursos que possibilitem a resolução da fibrose. Em fase inicial, é fundamental que os recursos não gerem estímulos para favorecer a cicatrização porque essa já está em excesso.

Os tratamentos estéticos só devem ser retomados em média 30, 60 dias após finalizar o tratamento de fibrose. Tendo em vista que muitos tratamentos estéticos estimulam colágeno, não devem ser realizados enquanto a fibrose não estiver reorganizada.

A importância do uso de placas de contenção no pós-operatório de lipoaspiração vem sendo discutida entre os cirurgiões e fisioterapeutas.

Há uma variedade de marcas e modelos no mercado que geram dúvidas aos profissionais e aos pacientes.

✅ Durante toda minha experiência clínica, posso afirmar que o modelo e a forma de utilização podem influenciar o resultado.

➡ O modelo que considero ideal são as placas individuais (para cada área há um modelo e tamanho). Há placas para abdômen, flancos, lombar/cóccix e culotes.

Elas possibilitam a alternância de posição, e consequentemente menor chance de formação de fibrose entre as placas. Utilizar as placas todos os dias no mesmo lugar pode comprometer o resultado estético, pois as marcas podem ser permanentes.

❓Eis aqui uma dúvida muito frequente: as placas de contenção pioram a fibrose?

✔ O que pode contribuir com a não resolução da fibrose é a placa não abranger toda região com fibrose. As áreas que não terão a contenção e consequentemente a compressão do modelador, inevitavelmente responderá ao tratamento de forma mais lenta. Por isso alternar o posicionamento é fundamental.

Outro diferencial é utilizar o taping compressivo associado, pois diminuímos o edema e consequentemente as placas não deixarão tantas “marcas” na pele e formarão menos fibroses.

✅ A força compressiva gerada pela placa e cinta modeladora contribui com a resolução da fibrose, haja visto que há estudos que mostram que a força compressiva auxilia no processo de degradação do tecido em excesso (fibrose).

⚠ Ou seja, se utilizada de forma inadequada pode contribuir com a formação da fibrose em determinados locais (principalmente ao redor da placa).

Sabendo disso, usar ou não a placa assim como qual modelo a ser utilizado deve ser uma decisão do profissional fisioterapeuta que está acompanhando a evolução do quadro de fibrose de cada paciente de forma individualizada.

Em resumo, o tratamento deve ser personalizado, sendo constantemente adaptado as necessidades do paciente ao longo das sessões de acordo com as respostas obtidas.

❌ Os profissionais devem descartar “receitas”, pois para cada fase do processo de cicatrização e resposta ao tratamento, a conduta pode e deve ser alterada.

Alguns pacientes acabam recorrendo ao tratamento fisioterapêutico pela presença de dor e não pela estética, embora, em casos mais graves, a fibrose se apresente comprometendo todo o resultado da cirurgia. Ressalta-se que muitos pacientes têm dor, mas sequer imaginam que isso pode ter relação com presença de fibrose.

Há também situações em que o paciente tem fibrose, não tem dor e o resultado cirúrgico está totalmente comprometido. Ou seja, a fibrose quando gera dor ou compromete o resultado estético deve ser tratada.

Por isso, a avaliação fisioterapêutica é de extrema relevância para o tratamento. O paciente precisa entender como funciona todo o processo desde a formação da fibrose até a reorganização tecidual.

Tratar fibrose exige comprometimento do fisioterapeuta, do paciente e do cirurgião.

O fisioterapeuta deve oferecer o que há de melhor para solucionar e/ou amenizar a condição do paciente e só tratá-lo quando estiver seguro de que pode ajudar e não atrapalhar ainda mais o processo. Nunca prometa o que não se pode cumprir.

O paciente deve seguir todas as orientações do fisioterapeuta que está realizando o tratamento. Ele é o profissional que estudou para executar o tratamento pós-operatório.

O fisioterapeuta deve manter um bom relacionamento com o cirurgião plástico e o contrário também deve acontecer. Aos cirurgiões que desconhecem os novos (e efetivos) tratamentos para fibrose, primeiramente, busquem conhecer e esclarecer com o fisioterapeuta mais informações sobre o tratamento que está sendo realizado.

Infelizmente, alguns médicos acabam, erroneamente, passando informações equivocadas aos pacientes, colocando em xeque a conduta do fisioterapeuta. O objetivo da fisioterapia é auxiliar no resultado do procedimento cirúrgico. Juntos, o fisioterapeuta e o cirurgião podem e devem trabalhar para o sucesso da cirurgia.

Toda cirurgia que gere um trauma/lesão mais intensa pode gerar fibrose. Cirurgias plásticas, oncológicas, vasculares, ortopédicas, cesáreas, ortognáticas, figuram as principais cirurgias que podem resultar em fibrose e aderência cicatricial.

Está com fibrose? já realizou inúmeros atendimentos? Como tratar?

Muita calma! Fibrose tem tratamento.

Tratamento de fibrose é possível, entretanto, é fundamental nesse momento identificar os possíveis erros que estão sendo cometidos e buscar tratamento especializado. Para isso, elabore 6 erros comuns ao tratar fibrose pós lipoaspiração.

1 – Realizar apenas drenagem linfática manual

A drenagem linfática é a técnica mais conhecida e utilizada no pós-operatório. No entanto, isso não significa que a mesma seja opção terapêutica. Tratamentos baseados apenas em drenagem linfática manual são ineficazes pois somente o inchaço estará sendo tratado e alterações como fibroses e aderências que podem comprometer o resultado final da cirurgia são ignorados.

2 – Realizar atendimentos diários

O tratamento fisioterapêutico pode ser conduzido com 1 ou 2 atendimentos por semana. Dependerá muito das técnicas que serão associadas. A fisioterapia especializada preconiza qualidade e não quantidade.

3- Associar o uso de equipamentos que estimulam colágeno

Fibrose é sem dúvida a maior causa de insatisfação e comprometimento do resultado cirúrgico. Vale lembrar que é resultado do excesso na deposição do colágeno. Utilizar equipamentos que geram síntese (estímulo de colágeno) só potencializará a formação da fibrose ou até mesmo favorecerá que o pós-operatório seja “arrastado” por 20-30-40 atendimentos, onde na maioria das vezes persistindo as fibroses.

4- Realizar técnicas de massagens vigorosas durante o tratamento de fibrose

Já foi o tempo que tratar fibrose precisava de força. Com os estudos mais recentes já sabemos que tratar fibrose exige técnica e sensibilidade do profissional. Fuja de tratamentos e profissionais que querem “tirar” a fibrose na força.

5– Acreditar que quanto maior o número de atendimentos melhor será o tratamento de fibrose

Qualidade não significa quantidade. Tratamentos de qualidade e específico pode ser desenvolvido em poucos atendimentos. Para obtermos o resultado esperado, com a total satisfação do paciente, é necessário um plano de atendimento entre 5 e 8 sessões.

6– Realizar protocolos de tratamentos pré-estabelecidos

Cada atendimento deve atender às necessidades do procedimento realizado. Assim como a cada paciente é realizado um procedimento personalizado com a fisioterapia não deve ser diferente. Fuja de vendas de técnicas e equipamentos. Realize reabilitação fisioterapêutica pois felizmente a reabilitação envolve muito mais do que uma técnica e sim uma associação de recursos para alcançar a completa recuperação e o resultado cirúrgico.

Toda fibrose tem tratamento independentemente do tempo em que ela se encontra. Entretanto, se faz necessário diagnosticar corretamente. Alguns pacientes acreditam que tem fibrose, mas apresentam apenas irregularidades do subcutâneo. Nesse caso, essas irregularidades não são tratadas pela fisioterapia.

Embora a massagem modeladora seja indicada e utilizada por muitos profissionais, vários estudos mostram os malefícios de realizar tratamentos agressivos em tecidos cicatriciais (fibrose).

A fibrose aumenta a carga mecânica do tecido, que por sua aumenta o comportamento metabólico crônico resultando em produção excessiva de tecido de cicatrização.

A fibrose é resultado de uma agressão tecidual, isto é, uma resposta fisiológica ao trauma.

Esse trauma é resultado de uma agressão mecânica, ou seja, a técnica cirúrgica, volume de gordura lipoaspirado ou tratamentos agressivos no pós-operatório podem ser responsáveis por essa alteração no processo de cicatrização.

Sendo assim, o fisioterapeuta deve se preocupar em minimizar a formação desse tecido de cicatrização através do controle do ambiente mecanobiológico.

Controlar esse ambiente significa controlar as respostas biológicas do tecido diante da agressão, ou seja, favorecer o equilíbrio do metabolismo local, diminuir o excesso de formação de tecido de cicatrização e consequentemente ocorrerá a melhora/ reorganização da fibrose.

Fibrose tem tratamento, mas não é com técnicas agressivas que se consegue um resultado efetivo e satisfatório no tratamento de fibrose.

Tenho recebido com muita frequência no consultório pacientes em busca de tratamento para fibrose após procedimento de lipoaspiração.

Os pacientes recorrem à fisioterapia manual para tratar a “fibrose” pois compromete o resultado da cirurgia e relatam que o aspecto da região submetida à cirurgia plástica resultou em frustração/decepção com o procedimento cirúrgico. Também mencionam o descrédito com os tratamentos pós-operatórios realizados sem sucesso.

Tem sido comum, após a avaliação constatar que, embora esse paciente venha de sucessivos tratamentos, o tecido (região operada) não apresenta diminuição da mobilidade tecidual, não há limitação dos movimentos da área operada e das regiões adjacentes. Entretanto, é visível um aspecto de irregularidade que pode ser comumente confundida com fibrose.

Vale lembrar que a lipoaspiração é uma cirurgia realizada com objetivo de remover parte do tecido adiposo para melhorar o contorno corporal e possibilitar um corpo mais harmônico pela remoção da gordura localizada presente.

Já é sabido que o trauma gerado pela cânula resulta em uma resposta fisiológica de cicatrização chamada de fibrose. Por outro lado, a sensibilidade, habilidade e técnica utilizada pelo cirurgião podem ser determinantes para que a remoção da gordura seja feita de forma uniforme.

Ao receber pacientes com a queixa mencionada, cada caso deve ser avaliado de forma individualizada, sempre levando em consideração a condição do paciente antes da cirurgia. Cirurgias realizadas anteriormente e tratamentos pós-operatório malsucedidos podem contribuir com a realidade atual do paciente.

Identificar se há ou não presença da fibrose é essencial para o sucesso do tratamento, por isso a avaliação fisioterapêutica é de suma importância. Só é possível desenvolver um bom tratamento com a realização de uma completa avaliação.

O compromisso da fisioterapia no tratamento de intercorrências e complicações pós-operatórias é oferecer possibilidades de solucionar ou minimizar o problema instalado. Porém, nos casos onde há alteração estética (irregularidades) e não há limitação da mobilidade tecidual no plano superficial e profundo, bem como a redução da mobilidade muscular e articular não estejam presentes, o tratamento fisioterapêutico apresenta resultados limitados na melhora do aspecto estético da região.

A Fisioterapia Dermatofuncional pode através de recursos não invasivos melhorar o aspecto estético, tratando a irregularidade gordurosa e a flacidez! Entretanto, há situações em que os tratamentos estéticos para melhorar a regularidade do tecido subcutâneo também não atingem a expectativa do paciente.

Por isso é imprescindível a avaliação fisioterapêutica, bem como a avaliação médica.

Há casos, em que o cirurgião opta por realizar um “retoque” da região operada para uniformizar as irregularidades presentes no tecido de subcutâneo e consequentemente buscar um maior grau de regularidade. É fundamental salientar que em casos de uma nova intervenção a reabilitação fisioterapêutica é indispensável.

O diálogo entre paciente, médico e o fisioterapeuta é fundamental e de forma conjunta alinhar as expectativas do paciente com o que realmente pode ser alcançado, seja optando pelo tratamento conservador ou cirúrgico, sempre com muita responsabilidade e ética com o que está sendo proposto.

A fibrose pós-lipoaspiração, é sem dúvida, uma das maiores causas de insatisfação com a cirurgia. Mas afinal, uma nova cirurgia trata fibrose?

Após muitos tratamentos malsucedidos e a manutenção da fibrose na região operada, motiva o paciente a recorrer à um novo procedimento cirúrgico, com a finalidade de solucionar as fibroses presentes.

Por isso, é fundamental esclarecer o mecanismo de formação da fibrose e informar que, a fisioterapia pós-operatória tem evoluído muito nos últimos anos e já existe a possibilidade de tratar a fibrose de forma efetiva, com um número de atendimentos reduzidos e sem a necessidade do paciente ser submetido novamente à uma nova cirurgia.

Os estudos mostram que quando há um trauma/dano tecidual, a formação de um novo tecido surgirá para que a região agredida tenha suas funções restabelecidas. A formação desse novo tecido é proporcional ao trauma gerado, ou seja, quando maior a retirada de gordura e a intensidade do trauma gerado pela cânula, podem contribuir para que esse tecido seja depositado no local de forma desorganizada e excessiva, consequentemente gerando um comprometimento estético da região operada.

Diante desse cenário, os pacientes iniciam uma incansável busca para resolução das fibroses. Muitos pacientes, passam meses ou até mesmo anos recorrendo a tratamentos sem sucesso. Por conta disso, um novo procedimento se torna uma alternativa na busca para solucionar as fibroses.

Entretanto, as fibroses podem ser solucionadas apenas com o desenvolvimento de um tratamento específico. A fisioterapia manual, tem sido considerada padrão ouro de tratamento para fibrose. Com o tratamento fisioterapêutico manual é possível tratar fibroses recentes e tardias com muito sucesso.

Se faz necessário frisar que, realizar um novo procedimento em uma região com excesso de tecido cicatricial e com redução da mobilidade tecidual (fibrose), há grandes chances desse tecido embora o médico consiga “romper” os pontos de fibroses e aderências, após essa nova lesão um novo processo de cicatrização será desencadeado e uma nova fibrose será instalada.

Por conta disso, a atuação do fisioterapeuta é imprescindível tanto em uma primeira cirurgia (buscando minimizar essa intercorrência), quanto após a realização de uma nova cirurgia.

É importante que o cirurgião e o fisioterapeuta discutam juntos os benefícios de um novo procedimento cirúrgico e dessa forma oferecer ao paciente a melhor alternativa para resolução das fibroses.

A fibrose pode comprometer a resolução do inchaço no pós-operatório.

A fibrose é resultado do processo de cicatrização, ou seja, uma resposta fisiológica para reparar os danos causados pela cânula em cirurgias de lipoaspiração ou pelo fleboextrator em cirurgias para tratamento de varizes.

Após o procedimento cirúrgico é normal que haja presença de edema. Tem sido uma preocupação frequente dos cirurgiões indicarem a realização de drenagem linfática para minimizar o inchaço e aliviar a dor no pós-operatório.

Os benefícios da drenagem linfática na redução do edema (inchaço) são incontestáveis, porém, quando se trata de uma cirurgia extensa como é o caso das lipoaspirações ou abdominoplastias por exemplo, o sistema linfático na região operada fica comprometido.

O processo de linfoangiogênese, ou seja, formação dos novos vasos linfáticos, pode durar algumas semanas, resultando em um funcionamento inadequado do sistema pelo comprometido da região e consequentemente contribuir com o aumento do inchaço.

Frequentemente o paciente relata melhoras dos sintomas (dor e inchaço) após a realização de drenagem linfática, entretanto, algumas horas após o procedimento o inchaço volta a incomodar.

É comum recebermos no consultório pacientes que se queixam que embora tenham realizado um altíssimo número de sessões de drenagem linfática manual ainda apresentam fibrose e edema.